Se você esteve nas redes sociais nas últimas semanas, provavelmente já esbarrou em um Labubu. No TikTok, Instagram, Pinterest e outras plataformas, todos estão falando sobre ele. Mas afinal, o que é um Labubu?
Labubus são pequenos bonecos com aparência de monstrinhos, inspirados na mitologia nórdica e vendidos pela varejista chinesa Pop Mart. Custam entre 20 e 30 dólares e são comercializados em “caixas surpresa”, nas quais o comprador só descobre a cor ou o design do boneco depois de abrir a embalagem.
Esse “ursinho” se tornou símbolo de um novo tipo de consumo que mistura cultura pop, entretenimento, moda, escassez e status. Parte do sucesso vem justamente da dinâmica imprevisível das caixas-surpresas, combinada à fofura excêntrica (e um tanto questionável!) do personagem. O resultado é uma mistura explosiva de desejo, colecionismo e consumismo.
Criado pelo artista Kasing Lung e produzido pela Pop Mart, o Labubu virou febre entre jovens e adultos, gerando um verdadeiro delírio coletivo e também um faturamento bilionário para a marca. A hashtag #labubu foi usada em 32 mil postagens no TikTok apenas na última semana nos Estados Unidos, e já aparece em mais de 1 milhão de publicações no total, segundo a revista Forbes.
Com versões que vão de chaveiros a pelúcias maiores, o Labubu se transformou em um ícone fashion, aparecendo com celebridades como Rihanna, Kim Kardashian, Dua Lipa e a influenciadora brasileira Virgínia Fonseca.
Mas será que as pessoas realmente querem um Labubu? Já quiseram um copo Stanley, depois vieram os órios para “enfeitar” o copo. Quando a febre ou, os olhos se voltaram para os Carmeds (hidratantes labiais), comprados aos montes e esquecidos em seguida. Houve ainda a onda dos livros de colorir Bobbies Goods. E agora, aqui estamos: os Labubus.
Todo mundo quer o que todo mundo quer, até alguém decidir que não quer mais. Até quando os fofos Labubus serão objetos de desejo?
Muitos desses itens perdem a utilidade rapidamente (quando têm alguma) e o resultado é um acúmulo silencioso de coisas que já não fazem sentido, mas que revelam um padrão preocupante de consumo por impulso.
Parar para refletir antes de cada compra, questionar a real necessidade e entender o papel da influência digital são os fundamentais para escapar desse ciclo e consumir com mais consciência.
O problema não é comprar coisas fofas ou aparentemente fúteis, mas saber se você realmente quer aquilo, ou se só está tentando acompanhar mais uma onda do momento.
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